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27.2.05
::reciclando
"Choveu quatro anos, onze meses e dois dias. Houve épocas de chuvisco em que todo mundo pôs a sua roupa de domingo e compôs uma cara de convalesceente para festejar a estiagem, mas logo se acostumaram a interpretar as pausas como anuncios de recrudescimento. O céu desmorounou-se em tempestades de estrupício e o Norte mandava furacões que que destelhavam as casas, derrubavam as paredes e arrancavam pela raiz os ultimos talos das plantações." G.G. Márquez - cem anos de solidão
Lembro que depois dessa passagem no livro, passam-se anos e anos sem chover. Troço mais desesperançoso do mundo. Essa história das pessoas se acostumarem com o que tá acontecendo e irem levando, sem conseguir mudar ou nem terem a motivação necessária pra agir ... "as pausas como anúncios de recrudescimento"...morro de medo disso.
pi
as 15:47 []
:: dois
entendo, mas não perdôo perdôo, mas não entendo
pi
as 14:46 []
25.2.05
primeira semana de aula repleta de coisas que me fazem novamente pensar que merda é que eu tô fazendo naquela faculdade. eu já fui tão fã de tudo aquilo lá, das aulas mais ridículas e medíocres, mas ouvir um professor dizer que você não será ninguém se não souber o que fará daqui a 20 anos. e se seu sonho for ganhar 2.000 reais, você é um ser inferior. se seu sonho for só ter estabilidade no emprego, você é menor, é ninguém. e se você não souber o que fazer, então, honey, já era... morreu e nem sabe. o pior é ter que aguentar uma criatura dessa em duas aulas.
pi
as 15:02 []
::2005
pi
as 14:20 []
17.2.05
Essa história me contaram, é verídica. Acho que vale a pena passar a diante. Já contei pra alguns, é melhor falada, mas enfim...
Um carro. Desses que o pai deu pro filho. E o menino sai, passa na casa de tooooodos os amigos e vai dar um rolé. Logo alguém tira da mochila um bagulho. E ao som de Bob Marley, todos fumam no carro mesmo. Pra que lugar melhor? "Buffalo Soldier, Dreadlock Rasta" E pronto, já todo mundo no ponto...inclusive o motorista. E Bob a toda altura. A rua tava um pouco vazia, já era tarde... uma curva logo a frente... e...uma blitz! "Caralho! E agora?" Não tinha como dar ré. Não tinha muito o que fazer, principalmente na paz que todos se encontravam. ok. Pára-se na blitz. Tentaram esconder o que tinha pra ser escondido de alguma forma, sem muito êxito. "Todos pra fora do carro", com os braços pra cima pra serem revistados. Sai 1, 2, 3, 4, 5 meninos do carro, os puliça revistaram, encontraram alguma coisa, e pediram pros meninos aguardarem que iam dar todos um passeio juntos na DP mais próxima. Sem muito stress todos esperaram. E o detalhe maior de tudo é que Bob Marley não foi desligado, nem o volume diminuído minuto algum. Um tempo depois volta o policial: "Segue a busca", e o motorista ainda em pé com os braços pra cima, apoiados no carro, começou a dançar ao som do "Buffalo Soldier, Dreadlock Rasta"...o policial repetiu "Segue a busca" e o menino continuou sem entender, mas obedecendo e dançando. O policial irritado repetiu e perguntou porque ele não estava obedecendo o mandado. O menino disse que estava sim "Seguindo a música".Eles foram liberados após uma crise de riso do policial.
pi
as 12:53 []
Band-aid serve pra proteger um machucado do ambiente externo, pra não "magoar" (não é assim que dizem? se um ferimento é machucado em cima de novo, fica magoado). Dizem que tem antiséptico, mas convenhemos que não deve servir pra muita coisa. Tem gente (leia, mariana neri) que gosta dele colorido, cheio de bichinhos. Aliás, tem lugares que as meninas raspam a sombrancelha quando passam no vestibula e colocam um band-aid no lugar. As vezes crianças caem, e choram horrores por causa de um arranhãozinho. As mães colocam um band-aid só para um efeito placebo, pro guri ver que ela tá cuidando dele, mas na verdade não precisava de nada, só um beijinho bastava. Recebi uma carta-bandaid. E tinha a exata função do curativo. A carta me chegou de uma forma muito boa. Leve. Só que o band-aid, pra ter efeito, ele tem que ser colocado pouco depois do ferimento. Quando demora muito, o corte cura de outra forma, sozinho, sem ajuda. Mas ainda assim, mesmo estando na hora de tirar o band-aid, acho que se colocar outro no lugar, menor o risco de ter cicatriz.
pi
as 11:58 []
14.2.05
o que foi a marca do carnaval 2005 de salvador?
e o que é a marca da prefeitura?
pi
as 15:21 []
os dias são estranhos quando antecedem acontecimentos.
feliz são valentim pra vocês. (mas que falta do que escrever) e feliz aniversário pra ro.
pi
as 15:14 []
12.2.05
tudo pode ser nada vai acontecer não tema esse é o reino da alegria
pi
as 02:40 []
11.2.05
::on the road
sempre viajei muito de carro. meus pais são do interior, e eu vivia indo pros cafundó da Bahia em todos os feriados imaginários, e em férias também sempre rolava alguma aventura rodoviária. nessa época, eu queria que chegasse logo no destino. a viagem só começava quando chegava no destino. no carro era só briga com meu irmão, e a única distração era uma brincadeira que a gente fazia de contar caminhão. o meu era vermelho, o dele branco, e a gente via quem ganhava no final. dessa vez, a estrada teve outro gosto. a paisagem distrai, achava tudo lindo, especialmente passando pras divisas alagoanas (tudo lá é mais bonito, não sei o que é aquilo, o mar é mais verde, o céu mais azul, o mato mais brilhante, as montanhas maiores, os rios mais vivos,os vales mais profundos...). agora eu podia ter algum controle da estrada com o mapa na mão, saber qual era a próxima cidade, fazer o cálculo de quanto de gasolina que tava sendo gasto...e a brincadeira não era mais de caminhão, até porque na estrada litoranea, quase não tem...dessa vez, além de cantar e cantar e cantar...era dar apelido aos carros amigos e inimigos! toda vez que algum psico ficava fazendo maluquice na pista. (teve um fato engraçado. muvuka: um golf dourado que ficava fazendo umas maluquices entre a estrada de maceió e recife...reapareceu na volta. 10 dias depois na mesma estrada, tava muvuka lá de novo....fazendo as mesmas maluquices, no mesmo estilo de direção...rimos pra se acabar, e ficamos chocados com a coincidência, até que vimos que muvuka não era o mesmo... e o mundo do destino e do acaso foi deixado de lado). descobri que viajar de carro é melhor do que eu já achava que era. teve na estrada também o caso da cidade fantasma, mas vou colocar em outro post.
pi
as 19:52 []
10.2.05
"árvore pode ser chamada de pássaro pode ser chamado de máquina pode ser chamada de carnaval" (a. antunes)
Decidi que carnaval pra mim é viagem. Tem 4 anos essa decisão, e por mim ela se mantém pela vida toda. Carnaval é festa, claro que é. Mais que isso, é um pretexto de viagem. E dessa vez foi uma viagem com V de 'tudo de vibe'. Cheia de histórias, alegrias, definições, estrada e paisagens. Com uns aborrecimentos bobos, mas nada que estragasse qualquer coisa. Cheio de música de Caetano, música dos meninos (e se eles me permitirem, chamarei-os de 'meus minino', que nem eu chamo meus alemães), música da voz engraçada dos pernambuquenhos, do battebocaquês. Chuva, suor, cerveja. Cheia de risos, sorrisos, gargalhadas. Quando eu conseguir coloco alguma coisa aqui ...
pi
as 21:21 []
Acho que agora o ano começa. Vou pensar agora enfim em voltar a fazer algum exercício físico. Fazer minha matrícula do espanhol. Comprar uma agenda e passar os telefones pra lá, que coisa que eu não confio é em celular. Procurar um médico pra cuidar de minha rinite. Comer mais frutas. Procurar um estágio. Pensar na vida. Descobrir o que é que eu gosto de fazer, pra ver se algum dia eu consigo ganhar algum dinheiro com isso...Enfim...acho que agora dá.
pi
as 21:19 []
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